quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Eles têm cara de palhaço


Tenho andado com o humor um pouco (ou muito) inconstante.
Tenho pensado pouco sobre isso. Evitado, talvés.
Tenho tentado me importar menos com o que pensam os outros, me preocupar pouco com a opinião alheia. Difícil.
Incrível como o ser humano é dependente por natureza.
Você pode até discordar. Tudo bem, nenhuma verdade é absoluta ou irrefutável. Aliás, existe alguma verdade de fato?
Fato é que a nossa sociedade nos criou em cima de padrões. De comportamento, estéticos, intelectuais, sociais.
Para seguir tais padrões nós nos baseamos-nos “outros”. Modelos.
E o que acontece quando você simplesmente não se encaixa?
Vazio. Não existe.
Culpa? Exato.
A felicidade, por exemplo, é uma busca quase sub-humana.
Acredito que, triste seja viver correndo atrás de algo que não é eterno e que pior, não é seu, mas do outro.
Ou você conhece alguém que viva num mar de perfeita felicidade?
Ahhh, claro... os ricos, belos, bem sucedidos...
Não sei. Sinceramente.
Acho que os padrões ao invés de te levarem ao pote de ouro te afastam dele.
E acho ainda que, a busca desenfreada e a angústia por não chegar “lá” te derrotam. Diariamente.
Fazem com que alguns vivam um engano, uma mentira. Muito bem contada, por sinal.
O pote de ouro. A ideologia da felicidade. A mentira toda que há por trás. Os sorrisos falsos. As falsas demonstrações de carinho. O afeto perigoso. As curvas. O real inexistente.
Peçamos, então, arrego.
Desfaçamo-nos de nossos egos e principalmente dos egos dos outros.
Afinal, não há nada de errado com a infelicidade, com a tristeza. Algumas pessoas simplesmente não existiriam sem algo parecido com isso.
Alimenta a alma. Descarrega. Impulsiona.
Se é pra viver de mentira, então que cada um invente sua própria.
Originalidade, pessoas!
Seria pedir demais?
Descarte, então.