domingo, 30 de dezembro de 2007

Ano Novo, Vida Velha


Ano novo, vida nova???
Descarto!
Tudo a mesma coisa!
É óbvio que há toda a parte do crescimento, do aprendizado, das decepções, das alegrias, tristezas, surpresas... Mas, no fim das contas é a mesma coisa todos os anos.
Chega dezembro e depois que a “praga” do papai noel consegue esgotar a nossa paciência e os nossos bolsos vem o balanço final.
Cada um com sua listinha, com suas reflexões, aquele sentimento de saudosismo, de dever cumprido e não cumprido também.
Não fizemos tudo o que deveríamos ter feito - não tivemos tempo, dinheiro, sorte, ou qualquer outra desculpa do gênero. Não fomos a todos os lugares, não beijamos todas as bocas, não fomos tão solidários quanto deveríamos, aquele emprego/promoção sonhado ou prometido não apareceu e o príncipe encantado continua vindo de jegue (só pode!).
Algumas pessoas surgiram na sua vida e se foram (fazer o que?), outras permaneceram e tem aquelas também que você não sabe o que é que ainda estão fazendo aqui.
É chegada a hora dos arrependimentos, dos “porquês”, dos “não farei de novo” e, claro, dos “esse ano eu vou mudar".
Poupe-se.
Descarte.
Ok, ok, muita coisa boa aconteceu nesses 365 dias - metade deles intermináveis, pelo menos pra mim. Não vou usar esse espaço só pra reclamar não, apesar de a idéia ser exatamente essa.
O legal de estar vivo é isso mesmo, é toda essa aflição e toda essa angústia por aqueles cinco minutos inesquecíveis e mais felizes que você irá se lembrar por toda a vida (blá, blá, blá).
O legal é você olhar pra trás e conseguir sentir na pele o amadurecimento e a independência que todos esses arranhados te trouxeram. (Ah?)
Mas pode ser que você não consiga sentir tudo isso também.
Acontece. E muito. Quase sempre, pelo menos pra alguém aqui.
Na realidade me parece meio estúpido ter que esperar mais de trezentos dias pra perceber que você está no caminho errado, que tem feito burrada atrás de burrada e que, quer você queira ou não, vai ter q voltar e começar tudo de novo.
Pode ser que você tenha esperado mais de trezentos dias pra descobrir que você é foda, que faz tudo absurdamente certo e que é feliz pra caralho.
Mas, aí você conseguiria ser mais idiota ainda. E, porque não, desumano.
(Alguém?)
Façamos listinhas diárias, então! Análises diárias de consciência.
Tenhamos arrependimentos diários, porque assim talvez seja mais fácil de consertar as “cagadas”.
Será que dá?
Olha, vai ver que o que não combina mesmo é virada do ano, TPM, crises de identidade e mau humor.
Sendo assim,
DESCARTE!
E Feliz Ano Velho pra você também!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Descarto

Ok, ok, aqui vou eu... de novo!
Ou melhor, eu e o meu 125.7896.3517º blogger, apenas mais uma maneira de saciar a minha necessidade absurda de botar pra fora (ou vomitar mesmo) as asneiras que me atormentam diariamente.
Realidade descartável, porque é assim que eu vejo o mundo hoje, as coisas, pessoas, o modo como todos nós nos tratamos, nos enxergamos e, porque não, os meus próprios pensamentos.
É o ápice da minha auto-banalização, tudo o que digo e direi por aqui terá prazo de validade, vencimento. Cinco minutos depois não terá sentido, ou não terá mais sido eu, mas outra pessoa. É assim que sempre foi e continuará sendo.
A necessidade de escrever e traduzir em palavras o que não poderia ser dito me trouxe à uma realidade descartável, como um choro escondido á noite no quarto, que na manhã seguinte é como se nem tivesse acontecido.
Vivo de sonhos e me alimento deles. Alimento-me também da minha raiva, do meu descontentamento e da minha repugnância como o cotidiano e com o que mais eu encontrar pela frente. Por isso um blogger e por isso também eles vem e vão.
Por quanto tempo este aqui irá durar? Descartável como si só, não há como prever.
Divirtamo-nos, então... enquanto há tempo!