terça-feira, 4 de novembro de 2008

Contando até 1 milhão pro calor passar

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10...


.. 1999, 2000....


3579... 17.851...

...

20.000...

e em decorrência dele a raiva, o mal estar, a irritação e tudo mais.

Aliás, alguém viu o meu sossego perdido por aí?

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Humor do dia


Tenho feito algumas descobertas sobre mim, ultimamente.

A lição de hoje é: Odeio ironias! Mas aprendi a identificá-las.

É isso.

Ah, o inverno!


Eu sempre preferi o calor ao frio.
Gosto do verão. Acho que as pessoas ficam mais alegres, os dias mais bonitos.
O horário de verão também me agrada. Adoro sair mais cedo do trabalho, mesmo que isso não seja verdade.
Ilusão pra mim é vício.
Não tenho nada de específico contra o frio. Apenas prefiro o calor.
Mas, porém, contudo, entretanto e, todavia, tenho sonhado com dias de intenso frio.
Tenho sonhado também com ar condicionado 24 horas por dia, com banhos de 5 em 5 minutos,com piscina, com mar, comigo sentada embaixo de um coqueiro, palmeira, ou qualquer coisa que dê sombra. Ah, com um ventilador furacão mega-ultra-master-potente, ou com um galã de novela me “abanando” também.
Tenho sonhado com lugares desertos. Excesso de pessoas não combina com calor. Definitivamente.
E eu tenho sonhado com o vento.
Sou só eu, ou não tem ventado?
Também não chove. Acho que a última chuva de granizo, e todo o estrago que ela provocou, deixou não somente nós belorizontinos, mas a própria chuva com trauma desta cidade. Fato é que, ela não voltou mais.
A minha preguiça tem duplicado nesses dias e chegado a níveis insuportáveis.
Fica difícil de pensar e dizer sim para coisas que deveria dizer não, ou dizer não quando deveria dizer sim é involuntário.
Dá preguiça também de terminar este texto, ou de pensar em continuar, porque além da montanha de trabalho que eu tenho para fazer (o que agora triplica meus níveis de preguiça), o calor cansa.
E me lembra de uma música do Kid Abelha... a única coisa que eu consigo lembrar agora, aliás:


“Cabeça quase nos pés e nuvens
Nenhuma chuva
São quase quarenta e dois à sombra
Nenhuma brisa
Inferno e fogo na luz do dia
Não faço idéia em que ano estamos
Aqui todo verão é igual
De novo esqueci seu nome
Acho que isso não é normal
Estou pedindo perdão
Pela umidade e a pressão
Já não raciocino nem respiro mais
Em tudo que você disser
Eu vou acreditar
E se você não me quiser
Tanto faz
Sou capaz de acostumar
Algum crime sem defesa
Com certeza eu cometi
Tenho a alma derretida
Documento já perdi”

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ele foi


E como em um passe de mágica eu o deixei ir.
E foi sem dor.
Sem peso.
Não teve a angústia da partida.
Não teve o choro interminável do adeus.
Não teve nada.
Eu simplesmente acordei e ele não estava mais lá.
Junto com ele foi também a sensação de que eu tinha perdido algo ou sido perdida, tanto faz.
De que haviam me cortado do final da festa, ou da fotografia oficial.
Foi-se também aquele aperto no peito que já me acompanhava há exatamente 1 ano e dois meses.
Eu não tenho mais aperto no peito.
Eu quase não tenho mais nem saudade.
Consigo olhar pra trás e sentir a beleza do que foi.
Rir das besteiras, sem ficar triste pelo que poderia ter sido.
E se não foi é porque não era pra ser.
É uma conclusão tão simples e verdadeira que chega a ser banal, cliché.
Como eu adoro os clichés! Sempre práticos e verdadeiros.
É incrível quanto tempo a gente perde prendendo-se ao passado, remoendo tristezas e perguntas sem respostas.
Hoje ele se foi.
E foi tão lindo que eu tenho vontade de sair gritando por aí que eu tenho um espacinho livre dentro de mim.
Um espacinho que tá limpo, arrumado, de cortinas e janelas abertas.
Que eu tenho uma mesa com um jarro lindo, de flores lindas.
Que o espaço tá vago, embora louco para ser ocupado (bem ocupado) novamente.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Como animais


O sequestro em Santo André.
Aquela menina tremendo na janela do quarto, sob a mira do ex-namorado psicopata.
A amiga que volta ao cativeiro e põe sua própria vida em risco, para tentar salvar a da amiga.
A prova de amizade.
A prova de desamor.
Todas aquelas cenas que acompanhamos durante a semana passada, como se fosse um imenso Big Brother.
O desespero.
O final trágico.
A angústia.
A morte.
O desamor.
O que é uma pessoa capaz de fazer em função dos próprios sentimentos?
E o que leva um ser humano a tirar a vida de outro por puro egoísmo?
Porquê?
Por nada!
Não há nada que justifique atitudes e situações como essas.
Eu só acho que todos nós ao invés de julgarmos a atitude dos policiais, deveríamos tentar refletir um pouco sobre nós mesmos. Sobre NOSSAS atitudes egoístas no dia-a-dia.
Pensar um pouco em todas as vezes em que nos preocupamos conosco e esquecemos do outro.
De tudo que deixamos de observar.
Das atitudes simples e humanas que deixamos de tomar.
Se por um lado acompanhamos os acontecimentos dentro daquele apartamento, não sabemos o que se passou dentro de cada um dos envolvidos.
Quais eram aqueles sentimentos? Qual a força deles?
Não sabemos nem mesmo quais atitudes seríamos nós capazes de tomar no lugar de algum deles.

Tem uma frase no livro "Ensaio sobre a Cegueira", do José Saramago (aquele mesmo que virou filme e que eu, aliás, ainda não vi), que diz mais ou menos assim:
"Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas,
ao menos façamos de tudo para viver inteiramente como animais".

E ponto!




quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Nada com um dia após outro dia


"É melhor ser alegre que ser triste.
A ALEGRIA É A MELHOR COISA QUE EXISTE.
É assim como a luz no coração.
Mas pra fazer um samba, um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
Senão não se faz um samba, não
Senão é como amar uma mulher só linda; e daí?
Uma mulher tem que ter qualquer coisa além da beleza
Qualquer coisa de triste, qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado,
Uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher,
Feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor
E para ser só perdão
Fazer samba não é contar piada
Quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não...
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia,
Se hoje ele é branco na poesia,
Ele é negro demais no coração"

Samba da benção(Vinícius de Moraes)


Pois é,
a TPM passou, a raiva e o torcicolo também.
Tá certo que o calor infernal continua, mas eu estou assim... bem mais leve!
E sem nenhum motivo específico.
Eu simplesmente acordei e pensei: "Vou ficar me irritando pra quê?"
Pra nada, né!
Porque não resolve.
Então, vou ficando por aqui curtindo minha felicidade repentina-matinal... até quando ela durar!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

13 motivos para...


1)- Minha TPM voltou. E com força total!
2)- Eu não dormi à noite, porque tive um torcicolo dos infernos!
3)- Estou com uma dor f... no pescoço e paralisada feito uma estátua.
4)- Isso me faz lembrar de uma certa figura que estudou comigo na faculdade, e que andava feito uma estátua. Ou seja, estou pagando a língua, mesmo que por um dia. Odeio!
5)- Eu estou com sono.
6)- Estou muito, mas muito mesmo, mal humorada
7)- Eu não quero trabalhar hoje.
8)- Não tem como fugir, eu tenho que trabalhar hoje.
9)- Está fazendo um calor infernal e eu saí de casa com uma blusa que tem gola. Isso mesmo! Parabéns pra mim!
10)- Qualquer outro motivo pode ser o 10º tendo em vista que hoje não é o meu dia.
11)- Não estou com vontade de conversar com ninguém, mas não dá para não conversar com ninguém hoje. E pra ser simpática, dá?
12)- Para não perder o costume o orkut já conseguiu me dar uma péssima notícia pela manhã.E eu realmente não sei porque ainda tenho orkut.
13)- Essa lista não vai ajudar em nada a melhorar o meu humor, mas estou fazendo assim mesmo.
Resumo: Sou a "coisa" mais próxima de uma bomba relógio hoje e estou prestes a explodir.
Uma mulher-bomba em todo e qualquer sentido.
O que contraría a minha onda de positividade e de posts alegres.
Fazer o quê?!
Contenha-se, Priscila! Contenha-se!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Olhares


"Poucos olhares me chamaram tanto a atenção"
Acho essa foto linda e por várias razões:
Pela simplicidade, pelo momento, pelo lugar.
Foi tirada em São João Del Rei, cidade da minha mãe, da minha família e quase minha.
Eu realmente adoro BH, mas se pudesse escolher teria nascido em São João.
É o ar, o cheiro, são as pessoas, o clima, o aconchego da família, a arquitetura do lugar, o barroco.
Aliás, se eu pudesse moraria lá.
Tem sempre alguém pra dizer que eu não suportaria a calma, a falta de lugares pra ir.
Talvez.
Mas, pensando bem, eu acabo freqüentando sempre os mesmos lugares por aqui e com as mesmas pessoas.
Uma vidinha interiorana na capital. Só que beeem mais estressante.
Isso me dá vontade de parar um pouco e de ter mais tempo pra coisas que eu não tenho mais.
Tempo pra acordar sem pressa, pra tomar café da manhã na mesa, pra conversar, ler todos os livros que eu quero ler com calma.
Ultimamente nem isso eu tenho conseguido fazer.
O dia passa e a sensação que dá é que eu deixei muita coisa pra trás. Muita coisa por fazer.
E o tempo não perdoa. Ele corre.
E não é raro as pessoas me chamarem de enrolada, dizerem que eu sumi, ou que eu marco e não apareço.
Tudo bem, eu sou um "pouco-bastante" enrolada e me culpo por não ter tanto tempo quanto eu gostaria para pessoas de quais eu gosto tanto e das quais eu sinto tanta falta.
Eu acho que é isso... eu ando precisando de tempo e de ar.
Ou, como diria Elis Regina naquela música, talvez eu esteja precisando mesmo é de uma casa no campo.
É isso.
"Eu quero uma casa no campo.
Onde eu possa compor muitos rocks rurais.
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais.
Eu quero uma casa no campo.
Onde eu possa ficar no tamanho da paz.
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais.
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim.
Eu quero o silêncio das línguas cansadas.
Eu quero a esperança de óculos.
Meu filho de cuca legal.
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal.
Eu quero uma casa no campo.
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé.
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros.
E nada mais"
(Composição: Zé Rodrix e Tavito)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tá tudo verde!


Eu esqueci que tinha um blogger.
Na verdade, eu esqueci de muitas coisas.
O bom disso tudo, foi que eu esqueci também da TPM, de reclamar... daí a conseqüência de esquecer do blogger.
Infelizmente, isso não se deve ao fato de eu ter encontrado um grande amor e estar vivendo dias de paixões enlouquecidas, mas sim ao fato de eu ter ocupado minha mente pecaminosa com alguns devaneios sobre passar em um concurso público. Leia-se bem... DEVANEIOS.
Ok, o concurso já passou, eu não passei (óbvio) e a minha mente voltou a fervilhar, o que acaba não sendo bom.
Mas enfim, tenho buscado por mudanças.
Fui invadida por uma positividade daquelas que te faz pensar que tudo vai passar e melhorar.
Tal positividade já me fez comprar um pacote para um reveillon na praia, no melhor sentido carnaval fora de época. Não, eu não sou fã de micareta (já fui, não mais). Sim, eu tenho tido preguiça de multidão. E, seguindo o pensamento positivo, tomara que eu não me arrependa.
Sabe o que é? Eu resolvi deixar de ser preguiçosa e deixar de ser enjoada para sair e aceitar convites. E não vi maneira melhor de começar a mudar.
Também tenho outras idéias de mudanças. Pretendo voltar pro inglês, fazer uma pós, cursinho pra concurso público (não, eu não desisti), ser mais flexível... blá, blá, blá.
A lista é enorme e até um pouco, ou bastante, fantasiosa, mas se não fosse assim não seria minha, ok!
Então, se eu realizar ¼ das minhas vontades já será um bom começo.
Aliás, começar mesmo eu comecei pelo blogger, pelo post (mais animado e positivo, o que não é nem de longe meu costume, já que o blogger, como eu já disse, foi criado para aliviar minhas reclamações mesmo) e pela cor verde.
Verde o quê? Esperança?
Nãooooooo, verde Eu.
Porque o que interessa agora, e daqui pra frente, sou eu e ponto final!
Sem descartes!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Escondidinho


Estava dando uma passeada pelo blogger e percebi como tenho escrito muito.
Não digo que tenho postado sempre. Mas usado muitas palavras, textos longos.
E olha que aprendi na faculdade que texto de internet tem que ser curto, porque ninguém tem paciência para ler nada muito extenso, devido à dinâmica da rede e tal.
Mas, poxa vida. Isso aqui não tem nada de jornalístico. Nem de nada, aliás.
É um espacinho meu e como eu falo muito, acabo escrevendo muito também.
Um desabafo meu comigo mesma. Sem maiores pretensões, diga-se de passagem.
Só que olhando outros bloggers eu vi como alguns deles são grandes.
Digo no sentido de layout (como eles fazem tanta coisa, hein?), estética, criatividade, conteúdo, comentários, visitantes.
Aí pensei: Será que um dia chego lá? Se depender da minha pouca habilidade para tal... difícil.
Vários bloggers (que eu inclusive visito sempre e adoro) se tornam até conhecidos, famosos.
Na contramão do reconhecimento (ou conhecimento) vai este aqui. Sozinho. Só meu.
Eu também tenho um fotolog, há vários anos.
No início o interessante pra mim eram os comentários. Quanto mais, melhor.
Depois o fotolog restringiu os comentários somente para quem também era usuário do site.
Aí o interessante passou ser as minhas fotos e o fato de postá-las diariamente como se fosse um álbum (mesmo sem elas terem nada de relevante, fotos com amigos e tal).
Depois passou a não ser mais interessante.
E hoje em dia fica oscilando e eu acho que tem mais a ver com a minha falta do que fazer.
Eu uso o fotolog assim como uso este blogger, para driblar o tédio.
Como sou filha única, sempre falei muito sozinha, brincava sozinha quando criança e sempre me dei muito bem comigo. Até mesmo pra brigar comigo mesma.
Não me incomodo de ficar só em casa, de ir ao shopping ou cinema sozinha. Eu até gosto.
Não que eu seja anti-social. Tenho vários e bons amigos, graças a Deus.
Mas o meu espaço é único.
E é mais ou menos o que eu faço aqui (o que também está muito ligado à necessidade de escrever, claro)
Agora só falta fazer isso com mais freqüência, com mais criatividade e contar para as pessoas que eu estou fazendo.
Sim, ninguém sabe desse blogger.
Porque eu não contei? Ah, na verdade eu não sei.
Acho que por medo de expor o que eu sinto, ou insegurança de demonstrar minhas fraquezas, sei lá.
Mas, também porque eu acho que nada do que eu escrevo aqui é interessante para os outros, já que eu acabo sempre falando de mim mesma.
Talvez a saída, além de postar com mais freqüência e criatividade, seja ampliar um pouco os assuntos.
Ou talvez não.
Já que assim também está bom pra mim. Pelo menos por enquanto.
Agora, quando o blogger estiver crescidinho, maduro e sem medo de nada eu o deixo aparecer.
Mesmo que isso não mude nada.

terça-feira, 22 de julho de 2008

É bonita e é bonita!


Eu andei pensando em como eu sempre venho aqui para reclamar de alguma coisa.
Na verdade eu penso sobre isso com uma certa frequência.
A resposta é fácil.
Como a própria descrição do meu blog diz, eu criei isso aqui para despejar pensamentos diários e descartáveis.
Descartáveis porque, é mais ou menos como quando você está com raiva e diz um monte de besteiras e acaba se arrependendo depois.
Entretanto, eu pouco me arrependo do que eu escrevo.
Mas descarto mesmo assim, pra pesar menos a alma, entendem?
Descarto no final, porque coisas chatas e ruins devem ser descartadas e pronto.
Tive vontade de escrever este texto hoje, porque me dei conta de como eu reclamo à toa, na maioria das vezes.
Sim, eu sou uma chata, reclamona, sensível, insegura, carente e que tem vontade de jogar uma bomba atômica no mundo quando as coisas dão errado pra mim.
O que eu posso dizer a meu favor é que isso acontece com uma certa freqüência.
Acontece que apesar de tudo, de todo o resto, de todas as chateações e das minhas mudanças repentinas de humor eu sou sim MUITO FELIZ!
Eu tenho uma MÃE que não é só uma mãe (dessas que te põe no mundo, de dão comida, carinho, educação e tal), eu tenho uma super mãe, que é como um presente, uma dádiva divina.
Só pelo fato de tê-la em minha vida eu já deveria aceitar qualquer outro aborrecimento de peito aberto.
Eu penso muito sobre isso e tenho tanto orgulho e tanto amor por ela, que é difícil de explicar.
E se eu fixar meu pensamento nisso eu não sinto mais raiva de nada. Nada mesmo. Juro.
Pra ficar mais feliz ainda eu lembro que eu tenho uma MADRINHA, que apesar de não ser da minha família ou de ter o mesmo sangue que eu, é mais parte de mim que muito tio, tia ou primos, que eu também amo, aliás.
Ela é minha segunda mãe, minha avó, meu anjo da guarda.
Imaginem só a minha sorte. Eu tenho a melhor mãe e a melhor madrinha do mundo e nós nos damos tão bem e somos tão felizes por termos umas as outras que nada mais importa.
Acreditem ou não, mas eu agradeço a Deus todos os dias por ter essa família linda, pela nossa saúde, por conseguirmos driblar dia-a-dia nossas dificuldades e por sermos tão felizes, tão unidas e nos amarmos tanto, apesar de todo o resto, de toda a sujeira do mundo.
Eu lembro disso até quando estou escrevendo um texto cheio de mágoas e rancores.
Mas, eu sei que eu não sou assim todo o tempo e que eu não seria eu se não reclamasse pelo menos um pouquinho.
Resolvi escrever esse texto só para deixar registrado que eu sou sim muito feliz e que amo muito a minha família, a minha mãe, a minha madrinha e a minha vida, mesmo que às vezes não pareça.
E dá próxima vez eu reclamarei de algo, ok!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Mãos ao alto


Está realmente muito difícil assistir jornal pela TV, ou ler as notícias do dia, seja através de impressos ou internet. É de tirar a fome, o sono.
A vontade que dá, ás vezes, é de se alienar do mundo, de tudo o que acontece e fingir viver no país das maravilhas.
Não resolveria. Não resolve.
A realidade que bate a nossa porta todos os dias é bem diferente de qualquer maravilha.
Gente, o que está acontecendo com o mundo?
E com o Rio de Janeiro?
E com a nossa polícia, ou com as nossas famílias?
A sensação é como se estivéssemos em um daqueles filmes de ação, suspense ou terror (que eu sempre detestei, aliás) correndo contra o tempo para não sermos a próxima vítima.
Tudo bem, como jornalista eu sei que notícia boa não vira pauta, ao contrário do que eu sempre acreditei. A menos que seja vitória da seleção brasileira (de vôlei, claro), ou a descoberta da vacina contra a Aids.
Mas, ultimamente o carro chefe de qualquer edição tem sido a violência nas grandes cidades.
Pai, mãe e madrasta que jogam o filho pela janela, ou o abandonam em lixeira e afins já virou moda, infelizmente.
Só que a “onda” da vez é policial brincar de bang-bang com bandido e, claro, acabar acertando cidadãos comuns, que nada tem a ver com a história, além de é claro pagar seus impostos em dia para ter um mínimo de segurança, entre outras coisas. E acabar pagando mesmo é com a própria vida, ou com a vida de seus familiares.
Uma mulher que perdeu o marido na semana passada em uma dessas guerras urbanas disse assim: “Onde é que esse país vai parar e quantas vidas mais teremos que chorar?”
Eu não sei. Acho que ninguém sabe. Nem mesmo aqueles que deveriam saber.
Pois é, parece que não dá mais pra sair de casa. Pelo menos não com tranqüilidade.
E o que você faz se for assaltado no meio do caminho de casa para o trabalho?
Chama a polícia? Opa, mas vai que a polícia te confunde com algum marginal?
Mais fácil você chamar o bandido da facção rival. Porque eles sim, são bem preparados, bem armados e costumam não errar o alvo.
Contraditório, não?
O mundo está tão louco, os princípios estão tão deturpados e a realidade é tão irreal que imaginar uma solução para tanta barbaridade é quase uma utopia. Mesmo que não devesse.
Nossa polícia é despreparada para enfrentar a guerra social do nosso dia-a-dia e vive amedrontada por ter que disputar forças com uma “bandidagem” organizada e eficiente.
Em função deste medo, quem não vive mais sem temer pelo futuro, somos nós.
Eu li uma reportagem esse final de semana que tinha a manchete mais ou menos assim:
“Pedreiro é preso por roubar para sustentar a família; Dantas está solto.”
Sabemos que é isso mesmo que acontece.
Não que roubar, seja lá o que for não seja crime passível de prisão.
Mas, entre uma galinha e mais de 1 Bilhão de dinheiro público quem mereceria mais estar na cadeia?
Obviamente aquele que agora está em sua luxuosa mansão, rindo da nossa cara.
Essa é a nossa legislação, que pune os mais pobres e garante a liberdade e o caviar de cada dia aos mais ricos.
Incompreensível. Revoltante. Louco.
Enquanto roubar galinha é crime e dá cadeia, nossos governantes, banqueiros, etc., continuam soltos e roubando além do nosso dinheiro a nossa vergonha e a nossa dignidade.
É o nosso Brasil... Sem futuro!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Falta faz


Eu sinto tanta saudade das coisas e pessoas e de sei mais lá o quê, que chega a ser incontrolável.
É como se todos os dias eu acordasse com um aperto no peito e um gosto azedo na boca, um azedo de saudade.
Sinto falta de olhares, de sorrisos, de palavras.
Falta de jeitos de andar, de falar e de coisas que eu não sinto mais.
Eu sinto falta da minha infância, das minhas brincadeiras solitárias, das minhas barbies felizes, dos meus amigos imaginários e até do meu mundo que eu criei naquela época, mas que anda muito chato e tedioso hoje em dia. E isso significa que nem pra lá mais eu posso escapar.
Sinto falta de pensar no futuro como algo bom, de poder inventá-lo como se ele estivesse muito longe e, dessa forma, qualquer coisa seria possível. Qualquer mesmo.
Que falta me faz esse futuro que não chega e essa expectativa idiota sobre algo que eu não consigo definir.
Que falta me faz pedir a Deus que mude as coisas, que conserte o que está errado, que me deixe muito, muito feliz e ir dormir quase acreditando que ele vai mesmo fazer isso tudo.
Eu tenho saudades infinitas ao longo do dia.
Até mesmo de coisas ruins ou de momentos que eu não poderia modificar.
Tenho saudade de errar e de choros sinceros.
Eu ainda erro e ainda choro, mas já não vejo sinceridade em nenhum dos dois.
Odeio as minhas lembranças, porque elas se resumem a momentos que não voltam mais, a alegrias antigas e tristezas descartáveis.
Tenho saudades quando não escrevo aqui, porque sei que o alívio é apenas imediato.
Mas, também prometi não mais ficar me lamentando e parecendo uma louca depressiva, com esses textos paranóicos e sem sentido.
E aqui estou.
Acontece que a saudade de hoje era tanta que escrever sobre ela foi quase uma ordem.
Mas já foi.
Prossigamos.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Amanhã de manhã


Eu havia chegado a incrível conclusão de que eu não iria mais usar este espaço para escrever sobre minhas dores, minhas tristezas, para reclamar da minha vida, minhas insatisfações, frustações e coisas do tipo.
Tinha mesmo. Daquelas certezas momentâneas mais concretas que existem.
Mas, resolvi voltar atrás.
E sabe porquê?
Porque escrever sobre felicidade é chato.
Pelo menos pra mim.
Acho que eu as entendo mais as minhas angústias e vice-versa.Eu não sou louca. Até espero que isso mude algum dia.
Acho realmente divertido estar viva, apesar dos pesares.Divertido pela inconstância da emoções, pelas ambigüidades e, principalmente, pela irracionalidade dos acontecimentos. Claro, pelas pessoas também.
Mas não sei escrever sobre este tipo de "graça".
Talvez porque eu acorde todos os dias me sentindo a pessoa mais feliz do mundo.
Eu acordo super bem humorada, apesar do sono, da preguiça, da pressa, de não encontrar as minhas coisas no pequeno espaço desorganizado do meu quarto. Apesar do ônibus, do chefe, e por aí vai.
Eu sou uma pessoa incrivelmente feliz de manhã.
E sou feliz sozinha. Sem trocar uma única palavra. Nem um "Bom dia".
Isso dura algumas horas.
Mas, naturalmente eu também sou uma pessoa caótica. E, sendo assim, tendo ao caos.
É simples.
Mas não é difícil que algo aconteça e me retire do meu estado de felicidade matinal.
Sempre tem alguém magicamente capaz de me tirar (a tapas, gritos e sacudidas) do meu alto grau de felicidade.
Pronto. A partir daí eu me transformo em um pessoa estressada, insegura, tensa e reclamona.
Reclamo para mim mesma e aqui, que fique bem claro.
Por fora faço "cara de paisagem", conto até 10, 100, 1000, etc.
Aliás, não raramente passo o dia contando as horas e esperando pela manhã seguinte.
E eu me acostumo.
Concordo com Fernanda Young quando ela diz que,

"É preciso ter tristeza. Tristeza não é ruim.

Quase todo mundo só quer escutar musiquinhas alegres, ir dançar em lugares barulhentos, ficar falando o tempo inteiro. Porque eles tem medo da tristeza.

Mas não é a tristeza que mata."

E não é mesmo.

O contrário, então. Seria a felicidade.
Não. Não mesmo.
O que mata são as pessoas. É o fluxo. A rotina. O ser humano incoerente que não aceita o que é, de onde vem e do que precisa.
Somos nós que nos matamos.
A trizteza não.
Descarte.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Tudo tende ao tédio



Descobri que sou preguiçosa. Na verdade eu não descobri, eu sempre fui e sempre soube disso. Alguns dias mais que os outros, mas sempre.
Descobri, entretanto, que sou levada à preguiça. Pelo tédio, por exemplo.
Se estou entediada com meu trabalho, tenho preguiça de fazê-lo.
Se estou entediada com meu namorado, tenho preguiça de estar com ele.
Se estou entediada com meus amigos, eu sumo, finjo estar com dengue, ou algo parecido.
E o fato é que, talvez eu tenha certa facilidade para me entediar.
Até comigo mesma.
Preguiça pra arrumar o cabelo, pra olhar no espelho, pra escolher a roupa do dia, pra dizer as mesmas coisas que eu digo sempre, pra me chatear com o mesmo, enfim, pra tudo.
Devíamos poder tirar férias de nós mesmos. Uauuu!!! Como é que eu nunca pensei nisso antes! Hein?
Tipo: “Olha, eu to cansada de ser eu, então quero um mês, no mínimo, pra ser outra pessoa. Não mais a Priscila, podem me chamar de Cristina, Fabíola, Luciana, Maria ou sei lá mais do que.”.


Olha só que maravilha!
De repente a Luciana tem um trabalho mais bacana, é mais elogiada, tem amigos mais legais, festas mais interessantes, um namorado gato, inteligente, charmoso, educado, divertido, rico e fiel (Eiiiii, acorda, ok!!!!), ou até mesmo um sofá mais macio que o meu.
Pode ser que a Fabíola não tenha tantas dívidas (ou saiba como sair delas), não tenha que ver o cara mais legal do mundo feliz com outra garota, seja mais simpática, mais inteligente, mais profissional e menos idiota, ou menos preguiçosa mesmo.
Olha, eu juro que seriam só alguns dias mesmos, uma férias mixuruca, meia boca, daquelas que acabam quando chega a melhor parte. Não tem problema. Seriam férias. Eu não seria eu, não estaria aqui, não teria essa dor de cabeça chata e irritante de todos os dias, não veria as mesmas pessoas, não teria as mesmas atitudes e por aí vai.
Um descanso. Dias no paraíso.
Depois eu voltaria pra cá, pra essa cadeira dura, pra esse pc descontrolado, essa net sem graça, esse papo sem nexo e, aí sim, resolveria o bendito problema dessa impressora dos infernos.
Será que dá pra conseguir isso pra mim aí, hein o chefe do RH celeste!
É caso de extrema necessidade, juro!
Se eu precisar ser mais convincente é só avisar, aí eu posso esperar pra refazer o texto quando estiver no auge da minha TPM, aí não vai ter erro não.
Descarte.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Eu tenho raiva!


Sim, eu tenho você tem, aquele cara da esquina tem e até aquela beata entrando neste instante na igreja tem. Todo mundo tem. Não adianta mentir.
A gente esconde, finge, disfarça, mas na verdade morre de raiva de uma série de coisas, pessoas, fatos.
Eu, por exemplo, tenho - ou estou com, na verdade eu acho que tenho mesmo porque tem sido constante - raiva de pessoas que se julgam superiores.
Sabe aquele tipinho que acorda de manhã já se sentindo a última bolacha do pacote.
Bom, cada um que ache de si próprio o que quiser, acho a auto-estima algo pra lá de saudável e até invejável em alguns casos.
Agora, achar que pode dizer o que quiser ou ser incapaz de enxergar seus próprios erros é um pouquinho demais. Não acham?
“Desconfiomêtro”. Alguém pode me dizer quem foi o gênio que inventou essa palavra?
Mandar é fácil. Todo mundo gosta, gostaria ou almeja fazê-lo – nem que seja em seu próprio cachorro. Mas, até pra isso é preciso um certo, digamos, talento.
Se o “ser” não sabe o que fazer com algo que é seu, não sabe cumprir com seus próprios prazos e horários, que culpa tem o resto do mundo?
Uma babá para maiores urgente, por favor! Poupe-me.
Culpar os outros por erros que são seus é nojento.
Esperar que os outros consertem a sua sujeira é deprimente.
Não agradecer sequer depois, então, é desprezível.
E não sentir raiva é impossível, concordam?
Seguindo minha listinha matinal de ódios, eu também odeio o tipinho “capacho”, aquele do “tapinha” nas costas, sabe. Que vivem e tem atitudes ditadas por pura conveniência.
Gente que ri quando quer te matar.
Que fala sem ter nada a dizer e que diz sim para tudo, qualquer coisa, por puro medo.
Tipo perigoso de gente.
Que fala do chefe pelas costas, mas quando o mesmo passa por perto se derrete em elogios.
Que concorda com as coisas mais absurdas por medo de perder o emprego.
E que é incapaz de manifestar sua própria insatisfação preferindo induzí-la ao outro.

Vergonhoso.
Dá pra não sentir raiva?
E de gente que só sabe falar e não sabe ouvir. Que te interrompe quando você está dando a sua opinião.

Aí, o interlocutor invisível surta, grita e ainda é tachado de louco, sem paciência. Ora!
Acontece que a rotina nos cansa.
As mesmas situações todos os dias, o mesmo desespero, a mesma arrogância, a mesma prepotência.
No início você aprende a disfarçar, mas depois de um tempo até o “Bom Dia” sai travado, como que se lutasse para não ser ouvido.
Não que eu queira ser uma pessoa ruim (se é que isso existe). Todos nós temos nossos dois lados, nossas duas vertentes. Eu sei que estou longe de ser uma pessoa perfeita e que deve ter muita gente por aí que tem seus acessos de raiva contra mim. Normal.
Mas isso aqui é um blogger não é? Eu não fiz pra poder falar de economia, política, da guerra no Afeganistão (nada contra quem usa pra isso, cada um com sua temática). Eu fiz pra falar de mim, de tudo que me incomoda, mesmo que seja momentâneo, ou que me amargure sempre. Isso alivia.
Depois eu descarto, fecho a tela e volto pra minha vida normal.
È que estou me permitindo a isso nos últimos tempos.
A sentir raiva e a falar dela.
É um jeito de esbravejar, de agüentar o dia-a-dia e até mesmo de encarar melhor o mundo.
Quer saber? Eu acho que as pessoas seriam menos arrogantes, maliciosas, prepotentes e impacientes se soubessem expressar seus sentimentos de alguma forma ao invés de, em determinado momento, jogá-los na cara de alguém que pouco tem a ver com isso.
Então, vamos sentir raiva, gente! Mas, vamos também aprender a lidar com ela.
Seja a agüentar, a descartar, a modificar, a esclarecer, a reduzi-la.
Mas a lidar com o que é nosso com a gente.
A assumir nossas responsabilidades e os nossos próprios sentimentos, aprender com eles e balanceá-los.
Você com os seus e eu com os meus.
Porque você também tem, ou pensa que não? rs
Agora, se você não tiver eu lamento. Vou sentir raiva de você também.
Descarte.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Esse (a) é você!?


Encontrei esse texto hoje na net e achei perfeito.
Daqueles que você pensa: “Como essa pessoa sabia exatamente o que eu queria dizer? Ou o que eu precisava ouvir?”
Não conheço a autora, Cláudia Banegas, mas com certeza vou procurar mais coisas a seu respeito.
Achei que ela foi atemporal no assunto, que se refere de um modo especial a cada um, mas também a todos nós.
Somos seres humanos, imperfeitos, inconstantes, temos medos, dúvidas, segredos.
E muitas vezes nos culpamos por isso. Ou quase sempre.
Engraçado como somos levados a identificar nossas imperfeições. A todo instante nos deparamos com o “eu” do outro, quase sempre melhor do que o nosso. Ou do que deveríamos ser.
É difícil aceitar-se. Acordar, olhar-se no espelho e enxergar quem você é de verdade, sem traumas, sem neuras, com tudo o que você realmente tem.
Por outro lado é difícil chegar a esse ponto. Afinal, estamos sempre nos conhecendo e nos surpreendendo com nossas próprias atitudes e conceitos.
Talvez seja essa a batalha a qual a autora se refere. Uma batalha de conhecimento e aceitação de si mesmo e de nossas mutações ao longo da vida.
Sabe aquela história de que "se você não se amar ninguém mais será capaz de fazê-lo"? Acho que é mais ou menos por aí.
Esse é um daqueles textos que nos deixa pensativos.
Eu, particularmente, adoro quando isso acontece.
Fica um pontinho martelando na cabeça, uma dúvida... várias, na verdade.
E o melhor é que é um texto esperançoso, que faz você acreditar em você, mesmo com todos seus males e todas suas verdades.
Uma grata surpresa para mim, eu diria, nesta quarta-feira chata, chuvosa, com o sol lutando pra sair lá fora e eu lutando para trabalhar aqui dentro, para me concentrar nas mil e uma coisas que tenho que fazer.
Mas tá aí, essa sou eu: preguiçosa, chata, complicada, crítica, besta, infantil, volúvel, porém 50% satisfeita comigo. Os outros 50%? Ah, os outros 50% depois desse desabafo estão quase satisfeitos, ou pelo menos conformados.
Descartem, ok!

Segue aí o tal texto:

“O maior desafio para nós, como seres humanos, é enfrentarmos a nós mesmos, todos os dias, descobrindo como e quem realmente somos.Como ninguém é perfeito, entendemos que somos falhos. Percebemos que a perfeição em si mesma, é um alvo inatingível, tendo em vista nossa limitação.A natureza humana é realmente bem complicada...Todos nós, no mais profundo do ser, temos pensamentos ocultos. Os cultivamos à nossa maneira esquisita e aliviados ficamos, porque ninguém fica sabendo.Somos afetados, ao longo da vida, por todas as experiências que vivenciamos, que se tornam então, nossa bagagem emocional.Os consultórios estão sempre abarrotados de gente que não consegue lidar com o fato de que são...gente! Por isso, adoecem, no corpo e na alma.O espírito, agita-se como as ondas do mar em dia de vendaval.Poucos agüentam a pressão.Conflitos brotam no meio dos relacionamentos, nas mais diversas áreas. Notamos que o comportamento das pessoas é proporcional ao sistema que o mundo impõe.O homem livre trabalha em regime de servidão.Os carrascos e algozes são muitos e têm diversos nomes.A consciência, às vezes, se embota, e o que parecia errado agora é o certo e o que era certo, agora parece errado.Quais são as perspectivas da Humanidade, então? Que coerência têm os discursos atuais?A natureza está com dores de parto: enchentes, terremotos, seca, calor excessivo, fome...nosso amanhã está em jogo e o jogo continua.Tantos sonhos são desfeitos, mas ainda nos resta uma esperança: podemos acreditar no nosso próprio potencial, como raça humana e seguir em frente, esperando os dias melhores que virão."


(Cláudia Banegas)

Sábia essa Cláudia, não?

terça-feira, 11 de março de 2008

Ordinária X Extraordinária


A vida é um jogo de sorte e azar.
Eu estava pensando sobre isso ontem, enquanto confabulava sobre a minha própria.
Mas acho que a vida também é um jogo de aceitação e rebeldia contra seu próprio destino, contra o que você acredita estar nas mãos dele, como o seu emprego, aquela viagem, aquele amor, aquela briga, ou aquela loucura. O “basta” definitivo.

Teve aquele filme nacional... Nina... e a primeira cena onde a protagonista faz uma reflexão sobre seu próprio destino, inspirada no livro “Crime e Castigo” de Dostoievski.

“Eu tenho uma teoria. Os indivíduos se dividem em duas categorias: os ordinários e os extraordinários. Os ordinários são pessoas corretas que vivem na obediência e gostam de ser obedientes. Já os extraordinários são as pessoas que criam alguma coisa nova, todos os que infringem a velha lei, os destruidores. Os primeiros conservam o mundo como ele é. Os outros, movem o mundo para um objetivo, mesmo que para isso tenham que cometer um crime".

Perfeito isso! Não que eu queira cometer um crime.
Mas, há sempre um momento específico para mudanças, para “infringir a velha lei”.
A questão é identificá-lo e ter ousadia o suficiente para ir ao seu encontro.
Eu admiro os “extraordinários”, apesar de viver, quase sempre, momentos mais “ordinários”.
E não adianta culpar a sociedade, o capitalismo, o consumo, a mídia ou o aquecimento global.
Cada um é ordinário por si só.
Como no título do também longa nacional “A pessoa é para o que nasce”, exceto os ordinários, claro.
Tenho esse cartaz em meu quarto e todos os dias eu olho para ele e penso:
“E aí, Priscila... vai ser assim mesmo? Pro que você nasceu? Ou para o que você acha que nasceu? Vai aceitar assim, fácil? Passivamente?”.
E todos os dias também eu me respondo: “Claro que não, a mudança começa agora!”.

Bom, ainda não começou. Mas como em todos os outros dias... Pode ser que seja hoje!
Extraordinária!

segunda-feira, 10 de março de 2008

O que não foi


Foi uma morte lenta, dia-a-dia, minuto-a-minuto.
Daquelas que parece não acabar nunca.
Sofrida.
Foi uma morte penosa, como só uma morte deve ser.
Teve o luto.
Teve choro.
eve a raiva de ter sido.
piedade de quem fica.
A súplica.
Dor.
Os dias que se passaram, contra a dor que não passava e a vontade de voltar.
O não poder. A diferença entre querer e precisar.
Mas toda dor é assim, a gente sente, ressente, expele e depois esconde.
E se acostuma.
Você a pede em companhia e faz parte dela.
Duas damas tristes, pesadas e inconseqüentes.
Por tempos. Mas, assim como o amor, já citado por Vinícius de Moraes, em seu famoso “Que seja eterno enquanto dure”. E essas dores vêm e vão.
É que a gente se acostuma à falta.
E depois a gente nem entende porque que sofreu tanto.
Coração bobo, que enxerga o que não viu, que escuta o que não foi dito, que sente o que não foi.
Engana.
A questão é que ninguém perde algo que nunca teve. Que nunca foi seu e que nunca lhe teve.
Então não há morte para um amor que não existiu.
O que há são outros nomes.
Definições. Erros.
E não pode haver dor pela dor do outro.
Deixe que venha, então, o alívio.
Um pré-suspiro pra felicidade.
Um minuto pra chegada do novo...

domingo, 9 de março de 2008

Eu também vou pro paredão!


O Marcelo deve ou não sair do BBB?
Por que diabos aquela Tatiane (ou Tatiana... faz diferença?) chora e berra tanto e ao mesmo tempo.
Quem está jogando ou sendo verdadeiro lá dentro?
...
Tudo bem que o programa é um jogo mesmo (quer você se engane ou não), que a besteira toda vale 1 milhão de reais (Ahh??), que assistir ao reality é perder preciosos minutos que poderiam ser gastos em coisas mais interessantes (como dormir, pensar na vida, xingar o ex...), que discutir sobre isso se não é banal é no mínimo idiota e que, claro, a grande maioria de nós perde sim os precioso minutos e, o pior, ainda se pega com uma raiva avassaladora de algum dos participantes nojentos - que se não sair de lá milionário vai estampar a bunda em alguma capa de revista e ficar trezentas vezes mais rico do que ficaríamos algum dia. Rá!
...
Ok, se não quer assistir o programa, não assista. Tem coisas menos desinteressantes passando em algum outro canal, no mesmo horário.
Se não quiser ligar televisão, não ligue. Você pode seguir aquela antiga regra de ler um livro, ou simplesmente pode ficar na sua, no escuro, se sentindo um ET porque não faz idéia do “paredão” da vez.
...
Mas, a questão pra mim (que confesso assistir o programa algumas vezes durante a semana e ter vontade de dizer poucas e boas para o tal Marcelo, mesmo ele não fazendo idéia de quem eu seja) é porque perdemos tanto tempo julgando o outro, criando rótulos, nos prendendo a mesquinharias e fingindo fazer parte de algo que nem nós mesmos sabemos o que é?
A gente acorda e vai dormir todos os dias fingindo ser algo que criamos, ou que criaram pra gente, para sobreviver nesse mundo maluco e conseguir ser inserido em qualquer espaço. Algunzinho que seja. (sim, eu me repito, mas isso me ajuda...)
E se você acha que escapa à minha fantástica teoria, que é uma pessoa verdadeira, fiel aos seus próprios princípios (páraaaaaa!!!), a única coisa que eu teria a lhe dizer seria algo como: “Desce daí, Alice!”. Já que, o “País das Maravilhas” é coisa da Disney, a Disney é coisa da sua infância e essa, meu caro ou minha cara, eu sinto muito, mas já se foi há tempos. Sorry.
Afinal, quer coisa mais contraditória do que nós, minha gente!?
Quer algo mais cheio de segredos, defeitos, maldades e estranhezas do que nós? Humanos?
É que olhar pro próprio umbigo é chato, amargurado e às vezes até violento.
A grama do vizinho é mais divertida, principalmente se estiver cheia de pragas, ou prestes a ser exterminada, ou algo do tipo
....
Eu comecei o texto querendo falar sobre algo que eu já nem me lembro mais e estou terminando falando sobre algo que nem eu mesma entendo.
Até porque, além de querer matar o Marcelo mais do que ao gerente do meu banco, eu também acho muiiito mais legal ver a casa do vizinho pegando fogo e ir dormir fingindo que o meu jardim é o mais florido do planeta, mesmo acordando sem ver nem uma florzinha que seja brotando dele (metáforas á parte nem jardim ou jeito com plantas eu tenho).
Matem-me se quiserem. Mas, essa pessoa que vos fala tem sim um lado perverso, cansado de ironias, de teatros, de falas prontas, de ideais corretos e incorretos também, de padrões de comportamento, rotina e vida de sucesso.
Sendo assim, eu vou terminar de escrever por aqui, porque como em todas as vezes que eu tento fazer isso pra me livrar de algo que está me incomodando muito, eu acabo descartando tudo o que eu disse no final, pelo simples fato de que, se tem alguém que faz tudo errado, que “mete os pés pelas mãos”, que deveria ir pro inferno e ser expulsa do planeta por não se encaixar em nada, por não chegar à maturidade ou atingir objetivos (ou sequer tê-los... wathever), esse alguém sou eu.
Votem em mim, então.
É liberado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Eles têm cara de palhaço


Tenho andado com o humor um pouco (ou muito) inconstante.
Tenho pensado pouco sobre isso. Evitado, talvés.
Tenho tentado me importar menos com o que pensam os outros, me preocupar pouco com a opinião alheia. Difícil.
Incrível como o ser humano é dependente por natureza.
Você pode até discordar. Tudo bem, nenhuma verdade é absoluta ou irrefutável. Aliás, existe alguma verdade de fato?
Fato é que a nossa sociedade nos criou em cima de padrões. De comportamento, estéticos, intelectuais, sociais.
Para seguir tais padrões nós nos baseamos-nos “outros”. Modelos.
E o que acontece quando você simplesmente não se encaixa?
Vazio. Não existe.
Culpa? Exato.
A felicidade, por exemplo, é uma busca quase sub-humana.
Acredito que, triste seja viver correndo atrás de algo que não é eterno e que pior, não é seu, mas do outro.
Ou você conhece alguém que viva num mar de perfeita felicidade?
Ahhh, claro... os ricos, belos, bem sucedidos...
Não sei. Sinceramente.
Acho que os padrões ao invés de te levarem ao pote de ouro te afastam dele.
E acho ainda que, a busca desenfreada e a angústia por não chegar “lá” te derrotam. Diariamente.
Fazem com que alguns vivam um engano, uma mentira. Muito bem contada, por sinal.
O pote de ouro. A ideologia da felicidade. A mentira toda que há por trás. Os sorrisos falsos. As falsas demonstrações de carinho. O afeto perigoso. As curvas. O real inexistente.
Peçamos, então, arrego.
Desfaçamo-nos de nossos egos e principalmente dos egos dos outros.
Afinal, não há nada de errado com a infelicidade, com a tristeza. Algumas pessoas simplesmente não existiriam sem algo parecido com isso.
Alimenta a alma. Descarrega. Impulsiona.
Se é pra viver de mentira, então que cada um invente sua própria.
Originalidade, pessoas!
Seria pedir demais?
Descarte, então.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Educação, respeito, paciência e outras “coisitas” mais


Pouco mês pra muita coisa.
Poucos dias pra muito resolver
Pouco tempo pra muita gente chata.
Tempo nem pra esse blogger, que seria a salvação de dias tensos
...
Ainda bem q tem gente q diz q o ano só começa depois do carnaval
...
Esperarei, então!
10 dias!

Enquanto isso vou aprendendo a ter paciência.
Eis aí uma virtude.
Já dizia Lenine... é preciso! E muito.
E eu que pensava ser estressada...
Sabe quando você quer tudo pra ontem? Anteontem?
Então. Mas tem gente q vai além.
Alguns não respeitam os limites do próximo, ou não conseguem (não querem mesmo) enxergar a realidade dos fatos, isso porque estão muito preocupados com suas próprias realidades.
Umbigo. Pé.
Tenho pensado ultimamente em como o ser humano é egoísta, na maioria das vezes.
Não sempre. Nem todos.
Mas muitos.
Somos frutos de uma sociedade hipócrita. Doente.
Não perdida, espero.
Mas não precisamos ser assim. Podemos fazer a diferença.
E não adianta culpar a pressão, o tempo, a concorrência, o Bush, o consumismo, a televisão.
Somos nós, cada um.
Culpa nossa.
Estamos muito ocupados, não pra pensar no outro, mas no todo.
Se você prestar atenção durante o dia são pouquíssimas as coisas que fazem diferença, para um dia melhor, ou minutos apenas, que seja.
A educação é uma dessas.
Não falo só do “Bom dia”, “obrigado”, mas do cuidado em ouvir o outro, em prestar atenção, em dar atenção.
Não há nada pior pra mim do que a arrogância. Sinal claro de que alguém se define superior ao outro. Se você não precisa do fulano, mas “acha” que ele sim precisa de você, o que acontece? (pelo menos entre esses seres). Você encontra um jeito de impor a sua superioridade. Pode ser com uma palavra, com um olhar, ou mesmo com sinais claros de indiferença.
Deprimente.
Aí que as pessoas se esquecem que tudo que vai volta. Literalmente.
E o velho clichê de que “não faça com os outros o que você não gostaria que fizesse com você”, vale sempre.
Educação minha gente. Nada menos.
E não é tão difícil assim, certo?
Prossigamos, então!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O início

Nada melhor q um novo começo,
com novas possibilidades, novos desafios,
com antigos problemas, agora vistos de forma diferente,
com os personagens de sempre, alguns descartados e outros acolhidos (ou prestes a serem).
Com o caderno em branco, um lápis novo e uma borracha gasta.
...
E a expectativa continua sendo o melhor da festa.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Morre-se vivendo

Acho muita coisa mesmo...
É tanta coisa que às vezes perde o nexo, o sentido,
mas ainda assim... eu acho.
Acho um saco as injustiças mundo a fora,
acho um saco o modo como algumas pessoas utilizam a hierarquia para serem sempre as "donas da verdade", para se sentirem superiores (ou se tornarem mesmo),
acho um saco quando nós não podermos fazer nada contra isso (será mesmo?),
e acho, principalmente, um saco a forma como nós nos acomodamos perante as regras.
A verdade é que a gente aprende a fingir e não a aceitar.
Você aprende a rir quando quer chorar, a dizer sim quando deveria dizer não, a falar baixo quando quer gritar e a consentir com o que considera errado, mesmo quando quer sair correndo.
Mas você não aceita. Você finge.
E morre um pouco cada vez que faz isso.
A verdade é que a gente morre todo dia. De morte lenta, esmagadora.
A gente morre no trânsito, no trabalho, no barzinho, no supermercado, com os amigos, no almoço de domingo...
A gente morre vivendo.
Não descarte (pelo menos por enquanto).
Pense!