quarta-feira, 12 de março de 2008

Esse (a) é você!?


Encontrei esse texto hoje na net e achei perfeito.
Daqueles que você pensa: “Como essa pessoa sabia exatamente o que eu queria dizer? Ou o que eu precisava ouvir?”
Não conheço a autora, Cláudia Banegas, mas com certeza vou procurar mais coisas a seu respeito.
Achei que ela foi atemporal no assunto, que se refere de um modo especial a cada um, mas também a todos nós.
Somos seres humanos, imperfeitos, inconstantes, temos medos, dúvidas, segredos.
E muitas vezes nos culpamos por isso. Ou quase sempre.
Engraçado como somos levados a identificar nossas imperfeições. A todo instante nos deparamos com o “eu” do outro, quase sempre melhor do que o nosso. Ou do que deveríamos ser.
É difícil aceitar-se. Acordar, olhar-se no espelho e enxergar quem você é de verdade, sem traumas, sem neuras, com tudo o que você realmente tem.
Por outro lado é difícil chegar a esse ponto. Afinal, estamos sempre nos conhecendo e nos surpreendendo com nossas próprias atitudes e conceitos.
Talvez seja essa a batalha a qual a autora se refere. Uma batalha de conhecimento e aceitação de si mesmo e de nossas mutações ao longo da vida.
Sabe aquela história de que "se você não se amar ninguém mais será capaz de fazê-lo"? Acho que é mais ou menos por aí.
Esse é um daqueles textos que nos deixa pensativos.
Eu, particularmente, adoro quando isso acontece.
Fica um pontinho martelando na cabeça, uma dúvida... várias, na verdade.
E o melhor é que é um texto esperançoso, que faz você acreditar em você, mesmo com todos seus males e todas suas verdades.
Uma grata surpresa para mim, eu diria, nesta quarta-feira chata, chuvosa, com o sol lutando pra sair lá fora e eu lutando para trabalhar aqui dentro, para me concentrar nas mil e uma coisas que tenho que fazer.
Mas tá aí, essa sou eu: preguiçosa, chata, complicada, crítica, besta, infantil, volúvel, porém 50% satisfeita comigo. Os outros 50%? Ah, os outros 50% depois desse desabafo estão quase satisfeitos, ou pelo menos conformados.
Descartem, ok!

Segue aí o tal texto:

“O maior desafio para nós, como seres humanos, é enfrentarmos a nós mesmos, todos os dias, descobrindo como e quem realmente somos.Como ninguém é perfeito, entendemos que somos falhos. Percebemos que a perfeição em si mesma, é um alvo inatingível, tendo em vista nossa limitação.A natureza humana é realmente bem complicada...Todos nós, no mais profundo do ser, temos pensamentos ocultos. Os cultivamos à nossa maneira esquisita e aliviados ficamos, porque ninguém fica sabendo.Somos afetados, ao longo da vida, por todas as experiências que vivenciamos, que se tornam então, nossa bagagem emocional.Os consultórios estão sempre abarrotados de gente que não consegue lidar com o fato de que são...gente! Por isso, adoecem, no corpo e na alma.O espírito, agita-se como as ondas do mar em dia de vendaval.Poucos agüentam a pressão.Conflitos brotam no meio dos relacionamentos, nas mais diversas áreas. Notamos que o comportamento das pessoas é proporcional ao sistema que o mundo impõe.O homem livre trabalha em regime de servidão.Os carrascos e algozes são muitos e têm diversos nomes.A consciência, às vezes, se embota, e o que parecia errado agora é o certo e o que era certo, agora parece errado.Quais são as perspectivas da Humanidade, então? Que coerência têm os discursos atuais?A natureza está com dores de parto: enchentes, terremotos, seca, calor excessivo, fome...nosso amanhã está em jogo e o jogo continua.Tantos sonhos são desfeitos, mas ainda nos resta uma esperança: podemos acreditar no nosso próprio potencial, como raça humana e seguir em frente, esperando os dias melhores que virão."


(Cláudia Banegas)

Sábia essa Cláudia, não?

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu sou a favor que o melhor psicologo e a melhor pessoa para fazer uma analise sobre uma pessoa, é ela mesma, ninguem sabe melhor os defeitos e qualidades do que a propria pessoa, ela sabendo e assumindo, ninguem pode dizer nada que ela ja nao saiba

Anônimo disse...

O texto é muito bonito!
Na verdade estamos sempre nos transformando por isso é tão dificil nos conhecermos.



Obrigada pela visita em meu blog

Anônimo disse...

Oi, Priscila! Tudo bem? Pois é... o texto fala mesmo sobre o autoconhecimento. O que eu mais faço é analisar a mim mesma; como eu costumo escrever, não me considero poeta, mas uma analista da minha alma. Você se expressa muito bem, seu blog é ótimo, parabéns! Fique a vontade para visitar o Borboletando Poesia (www.claudiabanegas.zip.net). Talvez você encontre outros textos, os quais possam chamar sua atenção. Um grande abraço e uma semana cheia de muita inspiração e poesia!!